Construção consolida otimismo em relação ao desempenho do setor e da economia

Os empresários da construção civil brasileira mantiveram sua percepção favorável em relação ao desempenho de suas empresas no terceiro trimestre deste ano, em nível ligeiramente menor que no primeiro semestre, mas ainda bastante acima do registrado em 2009. Continuam preocupados em relação à inflação e aos custos dos insumos, porém menos do que no primeiro semestre. E sentem uma ligeira elevação nas dificuldades financeiras.

Estes são os principais resultados da 44ª Sondagem Nacional da Construção. A pesquisa, realizada pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas), ouviu uma mostra qualitativa de 233 empresários de diversas regiões do país.

Para o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, "os resultados denotam a crença do empresariado da construção civil de que o crescimento do país atingiu um patamar máximo e deve se acomodar daqui para a frente. Para superar os resultados do primeiro trimestre, seriam necessários ainda mais investimentos em tecnologia e qualificação de mão de obra."

Segundo o diretor de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, "a ligeira diminuição da preocupação em relação à inflação e aos custos dos insumos se deve à relativa estabilidade dos últimos meses". Entretanto, ele alerta para "possível nova elevação nos insumos, que só não ocorrerá se houver mais competição entre os fornecedores".

Na sondagem os empresários atribuem a cada quesito uma pontuação que vai de 0 a 100, na qual valores acima de 50 denotam desempenho ou perspectiva favorável. A exceção é no quesito das dificuldades financeiras, onde valores acima de 50 apontam perspectiva ou desempenho não favorável.

O quesito de percepção do desempenho atual das empresas da construção ficou em 59,22 pontos (queda de 1,2% em relação ao trimestre anterior, mas ainda acima elevação de 13,5% em 12 meses).

As perspectivas de desempenho futuro das construtoras receberam 61,5 pontos (queda de 2,7% no trimestre, mas aumento de 6,2% em 12 meses).

A expectativa de uma inflação reduzida ficou em 47,04 pontos (aumento de 28% no trimestre, mas ainda queda de 24,9% em 12 meses) e a perspectiva da evolução dos custos dos insumos atingiu 41,71 pontos (aumento de 2,7% no trimestre, mas ainda queda de 17,5% em 12 meses).

A perspectiva de crescimento econômico ficou em 62,43 pontos (queda de 7,4% no trimestre, mas ainda elevação de 24,7% em 12 meses) e a avaliação da condução da política econômica obteve 52,49 pontos (queda de 1,1% no trimestre mas aumento de 2,6% em 12 meses).

Já a percepção sobre dificuldades financeiras, onde a pontuação acima de 50 denota percepção não favorável, recebeu 53,86 pontos (aumento de 5,1% no trimestre e de 16% em 12 meses).

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